quarta-feira, 17 de abril de 2013

A musculação como complemento ao treino de corrida




Para que a musculação seja benéfica, é preciso saber direcionar o trabalho de acordo com um treino e necessidades do corredor.
A musculação pode ser muito benéfica como complemento ao treino de corrida, contribuindo para o fortalecimento dos músculos e articulações, o que não só ajudará a prevenir possíveis lesões como também melhorará o desempenho do atleta. Para obter esses benefícios, porém, é preciso saber orientar esse trabalho mediante as pretenções e necessidades do atleta.
A musculação, como complemento, deve focar principalmente os grupos musculares mais utilizados na corrida, que são os que compõem os membros inferiores (pernas) e a região do core (formada pelo abdómen, lombar e quadril). A região do core também é muito importante, pois ela é responsável por manter a postura do atleta durante a corrida. O treino não deve deixar de contemplar os membros superiores, como os braços e os ombros, pois eles atuam como coadjuvantes no movimento desportivo, auxiliando no deslocamento do corredor.
Outro ponto importante é definir o trabalho de musculação de acordo com o período do treino em que o corredor se encontra: base, fortalecimento ou velocidade.
Na base da preparação, cujo foco é o aumento da capacidade aeróbica do corredor, deve-se fazer um fortalecimento geral, exercitando todos os grupos musculares. Nesse período, o trabalho compreende um meio termo entre força e resistência, com séries de 10 a 12 repetições. Já a carga deve ser definida conforme o condicionamento do atleta, assim como o intervalo de descanso entre as séries, que pode variar de 30 a 60 segundos.
Na fase de fortalecimento, que visa desenvolver a força dos principais grupos musculares envolvidos na corrida, o número de repetições deve ser reduzido a oito por série e a carga aumentada conforme o nível do corredor. Nessa etapa, a maior concentração deve ser nos principais grupos musculares. Porém, também é importante analisar o equilíbrio muscular do atleta e procurar exercitar aqueles que necessitarem fortalecimento.
No período de velocidade, no qual o objetivo é fazer com que o organismo do atleta encontre maior tolerância ao esforço exigido na corrida, é necessário fazer um trabalho de resistência muscular. Nesse caso, é fundamental executar séries mais longas, de 15 a 20 repetições, com uma carga menor comparada à fase de fortalecimento, mas superior à da base.
O ideal é que o trabalho de musculação seja feito de duas a três vezes por semana. No caso de corredores iniciantes, o indicado é intercalar os dias de musculação com os treinos de corrida para não sobrecarregar. Já os atletas mais avançados podem fazer o complemento no mesmo dia cujo treino for menos intenso. É importante que o trabalho seja direcionado e acompanhado por um profissional para que o atleta não exagere na musculação, pois o excesso de massa pode prejudicar o desempenho na corrida.

fonte: Roda Livre

Um comentário: